1 – Botânica: A Valeriana é uma planta herbácea perene, pertencente à família Valerianaceae. Tem sido usada terapeuticamente desde os tempos da Roma e Grécia antigas. É largamente distribuída na Europa e Ásia. As partes usadas na medicina são os rizomas e as raízes.
2 – Química: Os principais componentes do óleo volátil extraído das suas raízes são: ácido isovalérico, valerênico, hidroxivalerênico, acetoxivalerênico; kessano, kesóis, valeranona, ...Dentre os principais valepotriatos, destacam-se: valtrato, acevaltrato e o diidrovaltrato (iridóides).
3 – Farmacologia: O uso tradicional é como planta sedativa. É difícil definir com precisão o perfil de ação farmacológica da Valeriana, que tem sido considerada um agente calmante.
A valeranona exerceu um efeito hipotensor em ratos na dose de 5mg/Kg, embora seja um efeito fraco.
Um efeito tranqüilizante foi visto no choque elétrico, mas na dosagem de 31,6mg/Kg. Uma mistura de valepotriatos mostrou um efeito tranqüilizante em ratos.
Testes comportamentais em gatos mostraram diminuir a ansiedade e a agressividade. Valepotriatos apresentaram efeito espasmolítico.
O valtrato e o diidrovaltrato mostraram ser agentes musculotrópicos.
Diidrovaltratos pareceram inibir impulsos no hipocampo de modo similar a dos benzodiazepínicos.
O ácido valerênico e derivados mostraram que estes compostos tinham efeito sedativo em termos de diminuir a atividade locomotora e ataxia (dose de 50mg/Kg).
O ácido apresenta ação depressora central ou efeito neuroléptico. Mostrou,ainda, inibir um sistema enzimático que catalisa a degradação do neurotransmissor inibitório GABA (ácido gamaminobutírico).
O GABA faz diminuir a atividade do SNC e causa sedação. O ácido valerênico é o principal constituinte da planta. Extratos hidroalcóolicos e aquosos da planta mostraram afinidade por receptores GABA-A (o extrato aquoso melhora a qualidade do sono no homem). Eles interferem nos receptores envolvidos com a condutância dos íons cloreto.
4 – Testes Clínicos: A valeriana foi usada como sedativa em várias formas de desordem nervosa, condições histéricas não-severas, ansiedade, neurastenia, distúrbios da menopausa, gastrite nervosa e anorexia infantil. A droga foi normalmente administrada meia hora antes das refeições.
Em estudo duplo-cego, a Valeriana mostrou reduzir a latência do sono e um aumento na qualidade do sono. A qualidade foi mais notada nas pessoas que se consideravam ter um sono ruim ou irregular. Foi utilizado extrato de 400mg da valeriana no teste. A valeriana não teve efeito nos despertares à noite ou nos sonhos recordados. Em 3 noites, ela mostrou melhorar a qualidade do sono.
Ao final do teste clínico, 44% das pessoas envolvidas afirmaram apresentar um sono perfeito e 89% diziam ter melhorado seu sono. Dentre os efeitos colaterais verificados com o uso crônico e contínuo da planta foram dor de cabeça, excitabilidade e insônia (como se fosse um efeito rebote).
FONTE: Revisão de texto científico de fitoterapia, volume I, XVI, N°2, de janeiro de 1995 (Valeriana officinalis: traditional use and recent evaluation of activity – MORAZZONI/BOMBARDELLI).
Ei professor...ficou muito legal o blog,as explicaçoes estao bem explicativas..muito legal essa sua ideia para ajudar as pessoas q precisam e gostam da quimica.
ResponderExcluirbrigadao ai pela força qndo preciso.
bjuss,e sucesso aí