A paroxetina – antidepressivo conhecido como inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS) – parece ter um efeito farmacológico específico na personalidade que é distinto da depressão, segundo estudo publicado na edição de dezembro da revista Archives of General Psychiatry.
De acordo com os autores, caso possa ser replicado, este padrão contrariaria a hipótese do estado de efeito, e apoiaria a ideia de que os efeitos dos ISRSs sobre a personalidade vão além e talvez contribuam para o seu efeito antidepressivo.
Pesquisadores norte-americanos avaliaram se pacientes com depressão maior em uso desses medicamentos antidepressivos relatam mais alterações nos sintomas neuróticos do que pacientes recebendo placebo, e examinaram os efeitos da hipótese de que o relato de alteração da personalidade durante o tratamento com ISRS seria apenas um viés de avaliação relacionado com a depressão.
Foram avaliados 120 pacientes que receberam paroxetina, 60 que receberam placebo e 60 que foram tratados com terapia cognitiva e comportamental. Aqueles que tomaram paroxetina relataram maior alteração da personalidade do que aqueles tratados com placebo, mas a vantagem da paroxetina sobre o placebo em relação à eficácia antidepressiva não permaneceu após controle para as alterações nos sintomas neuróticos (p=0,46) ou extroversão (p=0,14). Embora os pacientes tenham exibido melhora substancial da depressão, as análises mostraram pouca melhora nos sintomas neuróticos (p=0,08) ou na extroversão (p=0,50).
Por sua vez, a terapia comportamental produziu maior alteração na personalidade do que o placebo (p<0,01). Porém sua vantagem na neurose não foi mais significativa após controle para depressão (p=0,14).
De acordo com os especialistas, a redução da neurose durante o tratamento foi preditor de um menor número de recaídas entre aqueles que responderam à paroxetina (p=0,003), mas não entre aqueles que responderam à terapia comportamental (p=0,86). Assim, os pesquisadores concluíram que alguns antidepressivos podem ter um efeito determinante na personalidade do paciente.
FONTE: Arch Gen Psychiatry. Volume 66, Number 12, Dec 2009. Pages 1322-1330 citado por http://bibliomed.uol.com.br
De acordo com os autores, caso possa ser replicado, este padrão contrariaria a hipótese do estado de efeito, e apoiaria a ideia de que os efeitos dos ISRSs sobre a personalidade vão além e talvez contribuam para o seu efeito antidepressivo.
Pesquisadores norte-americanos avaliaram se pacientes com depressão maior em uso desses medicamentos antidepressivos relatam mais alterações nos sintomas neuróticos do que pacientes recebendo placebo, e examinaram os efeitos da hipótese de que o relato de alteração da personalidade durante o tratamento com ISRS seria apenas um viés de avaliação relacionado com a depressão.
Foram avaliados 120 pacientes que receberam paroxetina, 60 que receberam placebo e 60 que foram tratados com terapia cognitiva e comportamental. Aqueles que tomaram paroxetina relataram maior alteração da personalidade do que aqueles tratados com placebo, mas a vantagem da paroxetina sobre o placebo em relação à eficácia antidepressiva não permaneceu após controle para as alterações nos sintomas neuróticos (p=0,46) ou extroversão (p=0,14). Embora os pacientes tenham exibido melhora substancial da depressão, as análises mostraram pouca melhora nos sintomas neuróticos (p=0,08) ou na extroversão (p=0,50).
Por sua vez, a terapia comportamental produziu maior alteração na personalidade do que o placebo (p<0,01). Porém sua vantagem na neurose não foi mais significativa após controle para depressão (p=0,14).
De acordo com os especialistas, a redução da neurose durante o tratamento foi preditor de um menor número de recaídas entre aqueles que responderam à paroxetina (p=0,003), mas não entre aqueles que responderam à terapia comportamental (p=0,86). Assim, os pesquisadores concluíram que alguns antidepressivos podem ter um efeito determinante na personalidade do paciente.
FONTE: Arch Gen Psychiatry. Volume 66, Number 12, Dec 2009. Pages 1322-1330 citado por http://bibliomed.uol.com.br
Alexandre, o texto está muito técnico. Precisa facilitar a compreensão dos leitores.
ResponderExcluirSugestão para o blog: coloque o espaço dos seguidores aí. Deve ficar maneiro.